domingo, 28 de novembro de 2010

Katatonia no Incrivel Almadense 26/11/10

Frio, bastante frio, foi o que marcou o dia do regresso dos Katatonia a Portugal desde a sua última vinda ao nosso país o ano passado na primeira edição do festival Vagos Open Air. Como dizia, o tempo com temperaturas a rondar os 10º graus fez-se sentir mas não foi uma barreira intransponível para os fãs de Katatonia, todos responderam á chamada, Incrivel Almadense cheio, muito convívio á porta e dentro do recinto e a banda não fez por menos e apresentou uma setlist sólida a passar por quase toda a discografia dando mais ênfase nos trabalhos mais recentes como o The Great Cold Distance de 2006 e o trabalho que vinha a ser apresentado, o Night Is the New Day que já data de 2009.

Como abertura nada melhor que retirar duas musicas do mais recente trabalho, a “Day and Then the Shade” e a “Liberation”, que conseguiu sacar os primeiros headbangs da noite foram as escolhidas, de seguida uma das mais aclamadas do reportório dos Katatonia, “My Twin”, vinda directamente do The Great Cold Distance, com esta a banda já tinha o publico na palma da mão ao ver muitos dos presentes a cantar a letra.

Com “Onward Into Battle”, “The Longest Year”, “Soil's Song”, cujo refrão levou muita gente á loucura e a “Omerta” tudo de seguida deu para umas viagens no imaginário. Em “Teargas” viu-se a boa disposição que a banda tinha a tocar as suas músicas, aliás, por toda a noite a banda foi sempre muito comunicativa e sempre tiveram a puxar pelo público. “Saw You Drown” e a “Idle Blood”, esta ultima mais parece um pequeno tributo aos grandes amigos da banda os Opeth, mantiveram toda a gente relaxada o suficiente para bombástica “Ghost of the Sun”, os headbangs foram muitos e a sorte dos presentes é que não haviam la os habituais jovens que tem vindo a estragar a maioria dos concertos de metal dos últimos anos.

“Evidence” e “Criminals” com o mesmo registo melódico/pesado da última musica a ser tocada continuaram a jornada deixada pela “Ghost of the Sun” ao manterem o concerto a reviver o registo Viva Emptiness de 2003, com a “July”, uma das músicas mais entoadas da noite ficou fechada a primeira parte do concerto. Para o encore a banda deixou “For My Demons”, “Forsaker” e a “Leaders” para um final de concerto em grande.

O guitarrista Per “Sodomizer” Eriksson, que também é o guitarrista dos Bloodbath foi sempre um dos elementos mais animados em cima do palco, sempre com boa disposição a puxar pelo publico e a fazer poses para os fotógrafos, no encore ao vir já sem tshirt deu para ver que ele é um fã de Merciful Fate graças á tatuagem no peito da capa do clássico Don't Break the Oath. Jonas Renkse na voz e Anders "Blakkheim" Nyström na guitarra são os membros fundadores dos Katatonia e também são membros dos Bloodbath foram das maiores estrelas da noite e Daniel Liljekvist na bateria e Niklas "Nille" Sandin no baixo completam a banda que deu um show do outro mundo, é para rever e para por na lista de melhores do ano.

1.Day and Then the Shade
2.Liberation
3.My Twin
4.Onward Into Battle
5.The Longest Year
6.Soil's Song
7.Omerta
8.Teargas
9.Saw You Drown
10.Idle Blood
11.Ghost of the Sun
12.Evidence
13.Criminals
14.July

Encore:
15.For My Demons
16.Forsaker
17.Leaders
Fotografias cedidas por: Andreia Silva

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Anathema no Tivoli 03/11/2010

Quando toda a gente pensava que o concerto seria sentado assim que a banda entra em palco o Jamie Cavanagh vira-se e diz na língua de Camões: 'DE PÉ', e claro, ninguém se fez de rogado e em poucos segundos já estavam toda a gente a bater palmas a acompanhar o ritmo da “Deep” através de palmas.

Muitas bandas deviam aprender com os Anathema no que toca a fazer uma tour de apresentação a um cd novo e mesmo assim conseguir fazer uma noite memorável, é so abrir o concerto com umas quantas musicas bem conhecidas do publico, depois a meio da noite toca-se o novo trabalho na integra e para fim o algumas musicas bem emblemáticas do repertório da banda, no caso dos Anathema ficou para o fim “Are You There?”, “Angelica” (musica que a banda deixou que o publico escolhesse) e para o fim a já mítica “Fragile Dreams”

Durante várias vezes da noite muita gente ainda se sentava mas tendo os Anathema musicas como “Empty”, “Flying” e “Universal” (que é provavelmente a melhor musica do novo registo e também uma das melhores a serem interpretadas na noite de ontem) é impossível ficar sentado.

Quanto á banda não há nada de mal a registar, Vincent Cavanagh continua a ser o líder desta grande banda e um grande musico, Daniel Cavanagh ficou encarregue da grande maioria dos solos e tal como o seu irmão Jamie Cavanagh no baixo tiveram a noite toda a puxar pelo publico fosse para acompanhar as musicas com palmas ou para cantar as letras juntamente com Vincent, quanto John Douglas e Les Smith, baterista e teclista respectivamente, não brilharam como brilhou o trio de irmãos mas a sua presença mesmo assim foi notória graças a alguns momentos de mini solos de piano e a técnica de Les Smith foi bem visível aos olhos dos presentes.

Durante a noite foi constante o agradecimento da banda ao publico, vê-se que são uma banda que sabe que o publico é importante para chegar ao topo, em muitas das musicas os irmãos pelo menos largavam os instrumentos e vinha á frente do palco bater palmas na direcção do publico que graças ao Tivoli esteve espalhado por diferentes pisos mas a banda nem essa gente esqueceu ao estarem constantemente a olhar e a apontar para esses mesmos pisos. Em relação ao Tivoli o próprio Vincent Cavanagh agradeceu á pessoa que os marcou para aquele espaço porque é definitivamente uma das salas de espectáculos mas lindas do pais.

Deep
Pitiless
Forgotten Hopes
Destiny Is Dead
Balance
Closer
A Natural Disaster
Empty
Lost Control
Destiny
One Last Goodbye
Panic
Temporary Peace
Flying
Thin Air
Summernight Horizon
Dreaming Light
Everything
Angels Walk Among Us
Presence
A Simple Mistake
Get Off, Get Out
Universal
Hindsight

Are You There?
Angelica
Fragile Dreams

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Enslaved - Axioma Ethica Odini

Eis que quando uma pessoa pensa que já foi feito tudo, principalmente dentro do Black Metal, eis que os Enslaved, depois um grande “Vertebrae”, voltam á carga com mais um grandioso registo, “Axioma Ethica Odini” define neste momento o que são os Enslaved, uma banda cujo passado pertence á história inicial do Black Metal mas que agora não tem medo de arriscar ao misturar Rock Progressivo com o seu Black Metal sempre mantendo um alto nível constante de qualidade e inovação sem perder a sua identidade.

Axioma Ethica Odini é o que se pode dizer como um upgrade de agressividade do trabalho anterior”, se forem ouvir um dos primeiros álbuns dos Enslaved e depois o “Vertebrae” e depois o “Axioma Ethica Odini” é mais que notaria a evolução e a tentação de um pequeno regresso ao passado neste ultimo trabalho, o “Vertebrae tem alguma falta de agressividade, algo que para uma banda de Black Metal é imperdoável, mas mesmo assim ficou um excelente registo, mas com “Axioma Ethica Odini” os Enslaved mostram ao mundo que eles são neste momento a melhor banda de Black Metal do mundo ao lado de uns Immortal ao serem das poucas bandas que conseguem inovar no estilo que gerou polémica na Europa no inicio dos anos 90’.

A atenção ao detalhe na composição de todas as músicas é simplesmente de génio, todas as músicas nos prendem de tal maneira que deixa-nos sempre a pensar como é que eles conseguiram este e aquele riff, ou como é incrível eles terem misturado dois tipos de vozes na perfeição, no Metalcore por exemplo é normal usar-se dois e ate mesmo três tipos de vozes mas são raríssimas as vezes em que a compatibilidade seja perfeita, ou a voz gutural é meio desleixada e muito forçada ou as vozes limpas afinal deviam ser guturais só mesmo para esconder a pobre voz do vocalista. No caso dos Enslaved dos últimos registos está tudo no lugar, as vozes guturais são valentes descargas de agressividade e as vozes limpas são do mais melódico que pode haver.

Este novo registo contem 9 músicas e de uma certa forma está partido ao meio pela pequena interlude de cerca de 2 minutos “Axioma”, pode ter sido posta estrategicamente para nos deixar respirar um bocado, é que as musicas conseguem manter uma pessoa sempre a ouvir á procura de algo de novo após cada audição, e o ir de puro Black Metal para uma voz melodia não é algo comum e quando acabamos de ouvir apenas dá vontade de voltar a ouvir tudo de novo.


Como inicio os Enslaved dão-nos “Ethica Odini”, uma das grandes bombas aqui apresentadas, começa com uma pequena sample de tempestades e depois parte para um riff que consegue por qualquer metaleiro a fazer headbang, nos refroes aparecem as primeiras vozes limpas intercaladas com vozes guturais deixando depois para o fim um minuto e mio de pura excelência e mestria tanto na bateria e voz e como “grand finale” um grandioso solo de guitarra de Ivar Bjørnson. Em “Raidho” e “Waruun” o que mais salta á vista é mesmo o trabalho de bateria, Cato Bekkevold mostra o melhor de si ao ir de momentos lentos e melancólicos para altas cavalgadas cheias de rapidez. A “The Beacon” e a “Giants” são as faixas mais “Doom” deste deste trabalho e que nos levam de volta aos trabalhos iniciais dos Enslaved como o registo de 1994, “Frost”. Para mostrar o grande trabalho de guitarras que os Enslaved são capazes nada melhor que a “Singular” cheia de riffs de encher o olho. “Night Sight” é o melhor exemplo de mistura de agressividade e melodia que os Enslaved têm vindo a fazer ao trazer grandes influências de Rock Progressivo e também psicadélico, e com a “Lightening”, uma faixa de puro Black Metal, é encerrado este registo que certamente irá ser muito reproduzido nos próximos anos, é um clássico instantâneo.

Quando uma banda lança um novo cd é normal um dos elementos dizer que é sempre o seu melhor trabalho, mesmo a dizer que foi feito o maior esforço para ser tal coisa mas lá no fundo é apenas mais um registo a juntar á discografia, no caso dos Enslaved, esta expressão é mesmo um facto, eles ao longo dos anos tem vindo sempre a elevar a fasquia, sempre a inovar e neste momento estão no topo da montanha mais alta do Black Metal, vai ser difícil para os Enslaved ou outra banda qualquer de Black Metal fazer essa escalada toda novamente, nota final: 9.7

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Opeth - In Live Concert at the Royal Albert Hall

Para celebrar 20 anos de carreira não há nada melhor do que lançar um dvd ao vivo numa mítica sala de espectáculos Londrina, Royal Albert Hall já foi usado para mais de 150 mil eventos, incluindo concertos dos mais vários estilos de música que vai desde o rock ao pop até á clássica, também já recebeu conferências, danças de salão, recitais de poesia, maratonas, ballet, ópera, circo, boxe, entre muitos outros espectáculos.

De concertos de música já lá passaram entre outros Bob Dylan, Clearance Clearwater Revival, Camel e Deep Purple sendo estas duas últimas bandas as homenageadas do momento ao vermos o artwork da capa deste novo lançamento dos Opeth ser uma réplica perfeita do lançamento de 1969 “Concerto for Group and Orchestra” em que os Deep Purple tocaram com a Orquestra Filarmónica Real. E no que toca aos Camel, quando a banda foi la tocar em 1975 no final da noite eles tiraram uma foto numa das escadarias que dá acesso ao recinto e os Opeth recriaram esse mesmo momento.

Com “In Live Concert at the Royal Albert Hall” os Opeth trouxeram algo de único que ainda não tinha sido ouvido e tocado naquela sala, músicas rápidas, obscuras e claro, vozes guturais, algo que ninguém em 1871 sequer teria imagino que iria acontecer algo do género naquele recinto aquando da sua construção.

Através deste novo lançamento, os Opeth celebram junto com os fãs uma carreira de 20 anos ao mais alto nível e graças a 9 albums do melhor que há dentro do Death/Prog Metal eles neste momento são uma das bandas mais respeitadas dentro do panorama metaleiro. Como celebração os Opeth decidiram dar um concerto cuja duração ultrapassa as duas horas e meia e para encher esse tempo todo eles decidiram pegar no muito adorado e também o muito provável melhor álbum da sua carreira, o Blackwater Park e tocaram-no na íntegra, e como segunda parte do concerto nada melhor que uma passagem por todos os cds da carreira ao ser retirada uma música de cada um.

A edição especial é repartida em 2 dvds e 3 cds, está repartido assim porque ambos os dvds tem qualidade de imagem máxima e som 5:1, no primeiro dvd temos a representação na integra do Blackwater Park juntamente com uma entrevista de 42 min com Mikael Åkerfeldt sobre a banda, questões pessoais, experiencias ao longo da vida, é mesmo algo que merece perder uns minutos a ser visto, e no segundo disco temos a banda a fazer uma retrospectiva na carreira e no final temos um documentário sobre a tour, em que vemos os ensaios antes dos concertos, os meet and greets com os fãs, no concerto na Alemanha num dos meet and greet esteve la uma mulher que vinha do Japão so para ir ve-los, claro que isso deixou a banda surpreendida ao ver alguém fazer uma viagem tão grande só para vê-los. Quanto aos cds de áudio o primeiro contem tal como no dvd o Blackwater Park a ser tocado na integra, os outros dois cds cada um recebeu 4 musicas devido á longa duração das musicas.

Na actuação da banda não há assim nada de mau a registar, todas as musicas são interpretadas na perfeição, apenas um ou dois solos são meio diferentes do que é conhecido dos cds, e os guturais do Mikael no inicio estão meio fracos, não tem aquela potencia característica dele mesmo mas com o passar do tempo isso desaparece logo e o seu melhor vem logo ao de cima.

No que toca ao concerto, durante a apresentação do Blackwater Park não houve quase nenhuma interacção com o público, a ordem das músicas todas as pessoas presentes já o sabiam por isso a banda tocou tudo de seguida e reservou as conversas para a segunda parte á medida que se ia apresentando as musicas.

Pelo meio das actuações, Mikael Åkerfeldt no seu melhor, mostra que no fundo alem de saber escrever e compor músicas épicas ele também tem algumas pontas de humor e de vez em quando manda ao ar umas quantas notas de brincadeira, no final da Forest Of October o Mikael vira-se para o publico e começa a falar que estao a gravar um dvd de aniversario e depois dá um toque de humor ao seu discurso, “The problem with this film is that metal people are so fucking ugly, you could fix your fucking air please.. cunts.. there’s a lot of things i want to say because it’s the first time it is said in here, and blast beats eventually it will be the first time, definitely the vocals, actually we are bringing Death Metal into the walls of this fine culture”, depois uma pessoa do publico berra “..play Blackwater Park..”, e o Mikael como sempre diz logo o que lhe vem á cabeça, “No, we ain't gonna play that shit again”, e depois para ajudar na introduçao das blast beats num recinto elegante nada melhor que tocar a Advent (retirada do Morningrise) que tem basicamente uma das melhores intros que os Opeth já fizeram.



Após a excelente interpretação da “The Moor”, que é retirada do muito aclamado “Still Life”, Mikael Åkerfeldt recorda com foi a vida dos Opeth depois desse lançamento, certo dia um musico/produtor de seu nome Steven Wilson (vocalista e líder da banda de Prog Rock Procupine Tree) entrou em contacto com os Opeth, “In my little clammy flat where i was eating clam meat and smoking all the time, somebody gave me a computer i think, and i got an email from - cof cof - Steven Wilson (publico delira) who said that.. you guys are the greatest band of all time, you are the most genius songwriter and Porcupine Tree wouldn’t be around if wasn’t for Opeth.. i was like, Steve, shut the fuck up.. but no, i was a massive Porcupine Tree fan at the time, we hooked up, had dinner, and.. kissed”, ele depois menciona que o Steven ajudou a produzir o Blackwater Park e como a banda ja tinha tocado o cd na integra eles passaram para o próximo, o “Deliverance”, que também foi produzido pelo Steven, desse cd a banda foi buscar a magistral “Wreath”.

Pelo meio foram feitas umas perguntas para os fãs mais die hard: “How many have fucked at Opeth music?.. jerk off?”

Do “Damnation” foram buscar a “Hope Leaves”, do “Ghost Reveries” foi tocada a soberana “Harlequin Forest” e para encerrar a noite foi tocada a “The Lotus Eater” que foi retirada de um dos melhores cds de 2008, “Watershed”.

Eu pessoalmente preferia uma segunda set diferente mas ninguém pode ter o que quer, mas este lançamento ate acaba por ser o melhor registo dos Opeth ate á data porque devido á sua longa extensão e diversidade de temas consegue agradar a todos os fãs de Opeth.

Para quem é fã é mesmo um artigo para obter obrigatoriamente, eu já juntei ao resto da minha colecção dos Opeth.

domingo, 22 de agosto de 2010

Um momento épico num concerto

Devido ao lançamento do novo cd dos Blind Guardian nestes dias tem-me dado vontade de ir ouvir mais uma vez os cds mais antigos da banda que foram juntamente com os Iron maiden os responsáveis por eu andar a ouvir Metal neste momento da minha vida, após ter ouvido os cds de estúdio também fui ouvir os ao vivo, coisa que em relação aos Blind Guardian nunca tinha feito.

Pois bem, a banda tem um dvd que se chama ‘Imaginations Through the Looking Glass’, as gravações foram feitas no primeiro ‘Blind Guardian Festival’ que se realizou em 2003, o concerto foi muito bem preparado para a gravação, com muitos efeitos pirotécnicos criados para criar uma atmosfera fantástica. O desempenho da banda neste concerto é excelente, o grau de envolvimento do público foi surpreendente até mesmo para os membros da própria banda.

E é aqui onde eu quero chegar, o ambiente gerado pelo publico é daqueles momentos que só se vê mesmo em concertos de Metal porque a maioria das bandas ao tocarem certas musicas não as tocam 100% igual como está no cd, quando são musicas com refroes poderosos para o publico fazer coro muitas bandas estendem isso ao máximo, e o que eu digo é especialmente visível quando a multidão continuava a cantar o refrão de "Valhalla" mesmo após a banda ter acabado de tocar.

Vejam o vídeo que deixo no artigo, no cd o Hansi Kürsch (vocalista) canta duas vezes o refrão após o enormíssimo solo de guitarra de André Olbrich, mas ao vivo eles esticam sempre essa parte, após o solo, Hansi canta uma vez ou duas vezes o refrão e depois o publico fica encarregue de cantar umas quatro ou cinco vezes, so que neste concerto acontece daqueles momentos que deixa qualquer banda de boca aberta, assim que a banda pára de tocar a musica o publico começa com os cânticos de apoio: ‘Guardian, Guardian, Guardian’, e assim no nada, antes que Hansi consiga fazer um mini discurso o pessoal volta a cantar o refrão da ‘Valhalla’: “Valhalla - Deliverance / Why've you ever forgotten me”, deixando Hansi sem palavras e conseguindo que Thomen Stauch dê-se uns toques na bateria para o publico saber que a banda os está a ouvir, é um momento único sem duvida.

Vamos la ver se agora com cd novo eles põe ca os pés para nós também fazermos algo do género.


domingo, 15 de agosto de 2010

Iron Maiden - The Final Frontier

Para quem não sabe, os Iron Maiden são provavelmente a melhor instituição de Metal que este mundo já viu, a sua dedicação á musica e os grandes fãs que a banda tem desde o inicio da sua carreira tornou a banda num monumento ao qual nenhuma outra banda conseguirá repetir tal feito, a sua ascensão ao topo da pirâmide é por mérito próprio sem ajuda de terceiros e se alguém duvida isso e põe outra banda como melhor porta estandarte do estilo chamado de Metal então é porque essas pessoas faltaram a algumas aulas sobre o estilo.

Assim que os Iron Maiden anunciaram um novo trabalho para este ano a alegria em mim foi enorme, sendo eu um grande fã da banda, tendo todos os seus cds, dvds, e mais umas quantas coisas raras que pouca gente no mundo tem, tendo já os visto 2 vezes (e a ver se os vejo outra vez já para o próximo ano) é normal para uma pessoa como eu ficar ansioso para o regresso destes ‘Monstros’, o ultimo trabalho, ‘A Matter of Life and Death’ já datava de 2006 e mesmo tendo boas musicas como ‘The Reincarnation of Benjamin’, ‘Different World’ e a ‘Brighter than A Thousand Suns’ a sua sonoridade em geral não gritava muito “Maiden”, mas agora com este novo registo, ‘The Final Frontier’ a banda consegue misturar um pouco dos últimos trabalhos desde o regresso do Bruce e do Adrian em 1999 com um pouco dos trabalhos da era dourada da banda, que foram os anos 80’ e que nos deram 7 cds que irão ficar para a historia do Metal, e so esse ponto é incrível, num espaço de 10 anos foram feitos 7 cds que tem sido influencias para muitas bandas de todos os cantos do mundo. Este novo trabalho que tem pitadas de ‘Seventh Son Of A Seventh Son’, ‘Somewhere In Time’ e claro do ‘Brave New World’ que foi o primeiro cd desde o regresso do Bruce á banda e é o cd que marca o inicio desta revolução na sonoridade da banda.

No dia 9 deste mês o álbum já circulava na internet, eu aguentei ate o ter fisicamente para o ouvir na integra, claro que as faixas ‘El Dorado’ e a ‘Final Frontier’ ouvi assim que a banda disponibilizou no seu site oficial, quatro anos á espera de algo de novo é muito tempo por isso quando a ‘El Dorado’ ficou disponível fiz o download a partir do site da banda e embora soa-se um bocado estranho nas primeiras audições a partir da 10º audição já era como uma viagem como se estivesse a ouvir um clássico da banda. Quanto á ‘The Final Frontier’ foi lançada juntamente com um vídeo em HD onde finalmente podemos ver o novo Eddie mas em versão animada, o vídeo em si está engraçado com o tema espacial que a banda parece que vai explorar nos próximos tempos, quanto á musica é pesada e com uma sonoridade mais ‘rockeira’ com um refrão perfeito para se cantar juntamente com a banda nos seus concertos. Uns dias antes de o cd ter ido parar á internet, já andava a circular pequenas previews de 30 segundos de cada musica, eu não ouvi nenhuma, mas sei de quem ouviu e não acredito que alguém tenha gostado de ouvir so uns segundos de cada musica, aliás, nem percebo a piada em ouvir 30 segundos de musicas com duração a rondar os 8 minutos.

(Sim, o que ta na foto é o vinil do Flight 666 e o cd e o vinil do The Final Frontier juntamente com um vinil raro cortado de 1983 do single the Trooper, e sim, são algumas coisas que eu tenho por aqui de Iron Maiden)

No ‘The Final Frontier’ uma coisa que notamos após umas quantas audições é que a banda aqui já explorou diferentes composições ao contrário do seu ultimo trabalho ‘A Matter of Life and Death’, em que as musicas seguem todas o mesmo ritmo, não querendo isso dizer que o cd fosse mau, eu gosto e já ouvi muitos bootlegs em que a banda tocou o cd na integra e o publico reage muito bem a praticamente todas as musicas. Muitas pessoas não gostaram, e compreendo o porquê, muitas musicas longas e ate um certo ponto aborrecidas, mas a maioria das pessoas que não gostaram são aquelas pessoas que só ouvem os clássicos, são pessoas que nos concertos da banda só querem clássicos e que durante anos tem esperado que a banda regresse a esses tempos e que façam um novo ‘Powerslave’ ou um novo ‘Seventh Son of a Seventh Son’, mas a banda já o disse milhares de vezes que isto tudo é uma evolução, quem não gosta que não ouça, a editora da banda á uns anos atrás forçou a banda a fazer musicas que soassem como as musicas dos anos 80 e banda literalmente mandou-os para um certo sitio, claro que a banda não irá dizer isso publicamente na cara dos fãs porque foram os fãs que os puseram onde a banda está neste momento, mas para quem não gosta do que a banda tem feito nos últimos anos o remédio é simples, não ouçam e se souberem que a banda irá tocar mais musicas recentes que antigas nos concertos, tal como tem feito nesta pequena tour de verão, essas pessoas que fiquem em casa, deixem os verdadeiros fãs irem para lá cantar tudo juntamente com a banda.

Uma coisa que deixou muitos fãs a pensar é no significado do titulo, Steve Harris desde sempre disse que o seu sonho seria fazer 15 cds com os Iron Maiden e com ‘The Final Frontier’ eis que chegamos a esse numero que esteve marcado na mente de Steve Harris durante muitos anos e o próprio titulo ‘The Final Frontier’ que em português significa ‘A Fronteira Final’ também poderá querer dizer que a carreira desta enormíssima banda poderá estar a chegar ao fim, mas mesmo que a banda decida acabar irá deixar muita gente a pensar porque a banda desde 2008 tem vindo a mostrar que está num excelente momento de forma a relembrar 1984/85 que foi a altura em que a banda lançou o ‘Powerslave’ e o magistral registo ao vivo ‘Live After Death’.

Pois bem, após esta (pequena) introdução, creio que está na altura de falar no mais importante que é o 15º registo da Donzela de Ferro e não há nada melhor do que falar um bocado da capa que foi a primeira coisa que percorreu o mundo juntamente com a musica ‘El Dorado’. O autor da capa é nada mais e nem nada menos que o Melvin Grant que foi o desenhador de serviço nas capas ‘Fear Of The Dark’ e ‘Virtual XI’, no ‘The Final Frontier’, Melvin, segundo ordens da banda, teve mais liberdade para fazer a capa, ao olharmos para a capa e compararmos com os primeiros trabalhos da banda em que Derek Riggs deu forma e vida ao Eddie aqui o Eddie como toda a gente conhece já não existe, aliás, o próprio Melvin Grant disse numa entrevista que aquela ‘criatura’ que iria figurar na capa não é o Eddie, nem ele sabe quem é, a banda é que quis assim o desenho e so mesmo a banda sabe o que está ali. A caveira com caninos e fazendo cara ‘evil’ que toda a gente conhece já não existe, pelo menos de momento. A imagem á primeira vista pode parece foleira mas ate tem a sua graça e consegue captar bem o tema espacial em que a banda está a aventurar-se, e para as pessoas que não gostaram muito do desenho apenas vos posso dizer que quem vir á venda o vinil numa loja que pelo menos pegue nele e veja bem o desenho, assim é que se nota bem todos os pormenores, eu quando fui comprar o meu juntamente com o cd fiquei durante minutos a admirar o trabalho apresentado.

Viramos então para a melhor parte disto tudo, as musicas, assim que ouvimos os primeiros segundos da “Satellite 15... The Final Frontier” ficamos a pensar, ‘será que o cd ficou mal gravado?’, é que o que nos é ali mostrado não tem nada a haver com o que a banda já fez ao longo de 30 anos, “Satellite 15...” são cerca de quatro minutos e meio de introdução bastante interessantes pelo facto de ser diferente de tudo o que a banda já fez, Adrian Smith mostra-nos aqui o que consegue fazer com um programa de pc á base de percussão. Após este sinal claro de mudança eis que rebenta ‘Final Frontier’, a faixa que já tinha sido disponibilizada juntamente com o vídeo, a musica tem uma sonoridade muito forte a Hard Rock. O trabalho de Nicko McBrain aqui é bem notório e guitarras estão bem pesadas, mas o suficiente para manter uma certa melodia, e o refrão é mais um que é perfeito para se cantar juntamente com a banda nos concertos.

“El Dorado”, a musica que qualquer fã de Iron Maiden já conhece há muito tempo, sendo a primeira musica disponível em 4 anos a banda no inicio parece que quis dar a ouvir um pouco de cada elemento e nada melhor como uma pequena explosão em que se ouve todos os instrumentos, quanto ao resto da musica é uma enorme cavalgada como os Iron Maiden e o Senhor Steve Harris no seu baixo tão bem fazem. A banda fez bem em mostrar esta música no inicio da tour, é uma musica muito boa para se tocar ao vivo e para levar o publico á loucura e por toda a gente a saltar.

“Mother Of Mercy” abre com um riff meio acústico a lembrar um bocado o trabalho de 2003 ‘Dance Of Death’, sendo uma música curta com cerca de 5 minutos, ela consegue ser a musica que melhor cresce á medida que o Bruce vai elevando o seu tom de voz mas mantendo a melodia que se sente na paixão ao cantar o refrão. Quanto ao solo de guitarra é um pequeno regresso ao passado a um certo álbum cujo nome é ‘Somewhere In Time’ e que introduziu na banda as guitarras sintetizadas.

“Coming Home” é uma musica bastante lenta a meio tempo e mais parece saída de um dos cds a solo do Bruce Dickinson, quem não conhecer que vá ouvir a “Tears Of The Dragon”, é uma das melhores musicas que o Bruce gravou a solo e a composição é a mesma. Isto trás um cheirinho a novo porque a banda nunca tinha percorrido estes caminhos mais melódicos como os que estão aqui apresentados, o solo tem muita melodia mesmo ao jeito de Adrian Smith que gosta de por tudo no seu devido lugar.

A “The Alchemist” veio deixar muitos fãs contentes, após muitos anos de espera eis que a banda grava uma musica 100% Heavy Metal tradicional, aqui não há nada que enganar, esta musica podia muito bem entrar num ‘Powerslave’ ou num ‘Piece of Mind’, quatro minutos e meio de duração, ritmo acelerado e guitarras bem ‘heavy’, as bases estão todas aqui, é perfeita para tocar ao vivo e misturar ao lado de clássicos como a “Trooper” e/ou a “Can I Play with Madness”

Com a “Isle Of Avalon” a banda decide recriar alguns dos seus clássicos, o inicio é bastante parecido com o clássico “The Loneliness Of A Long Distance Runner” e o resto da musica parece uma mistura muito bem conseguida entre a “Rime Of The Ancient Mariner” e a “Dream of Mirrors” que é do cd ‘Brave New World’ que para mim é o melhor álbum da banda nesta década. O ritmo da musica tem os seus altos e baixos tal como as musicas que referi em que parece que a banda usou como referencia e o solo mostra-nos sem duvida que o que não falta na banda é inspiração.

“Starblind” é uma das minhas musicas preferidas porque ficaria perfeita no trabalho de 2001 ‘Brave New World’ que é um dos meus cds preferidos de sempre da Donzela De Ferro, em termos de voz creio que é o melhor registo do Bruce neste trabalho, a maneira como ele canta o refrão ta absolutamente lindo: “Starblind, with Sun / The stars are one / We are the light that brings the end of night / Starblind, with Sun / The stars are one / We are, with the Goddess of the sun tonight”. Esta musica é a prova que a banda ainda tem muito para dar aos seus fãs.

No inicio da “The Talisman” parece que vai sair dali uma “Dance Of Death” parte dois, no inicio da musica o Bruce Dickison canta no mesmo tom da semi-balada que dá o nome ao cd de 2003, apos 2 minutos de musica acústica em eis que começa a loucura, a banda entra de rompante e Bruce puxa pela sua voz ao máximo,a meio tem um mini solo de guitarra repartido com uma cavalgada de Steve Harris, a estrutura da musica é claramente a que foi usada nos últimos dois trabalhos da banda, mas neste caso o resultado está muito melhor que muitas das musicas dos últimos trabalhos.

Com uma introdução lenta depois partindo depois para uma batida um bocado acelerada, “The Man Who Would Be King” faz lembrar os tempos em que o Blaze Bayley estava na banda, as mudanças de tempo são varias e isto tem um belo toque a rock progressivo, o solo de guitarra é a parte mais interessante da musica em que se pode ouvir as três guitarras. E para o fim o Bruce dá uso á sua voz melódica.

Com “When The Wild Wind Blows” chegamos ao final desta viagem cósmica e para o final a banda deixa-nos a musica mais longa deste registo, 11 minutos de duração, e que musica, quem diria que a banda ainda teria forças para fazer uma musica destas cheia de alma, energia e melodia. A música começa lenta com um som de vento como fundo, as guitarras e o baixo fazem uma melodia bem lenta, leve e suave. Os solos que seguem são magníficos, cheios de alma, isto é uma musica ‘á Iron Maiden’ e é uma das muitas musicas aqui apresentadas onde a veia progressiva da banda aparece bem vincada, são 11 minutos de duração mas são 11 minutos que mais parecem ser 3 ou 4 tal a rapidez com que a musica passa pelos nossos ouvidos e que depois nos deixa a pedir mais uns minutos de boa musica. Nesta musica o Bruce Dickinson canta em muitos momentos sem puxar muito pela voz mostrando que ele pode cantar em diferentes níveis, o caminho melodioso que a musica tem é simplesmente emocionante, esta musica podia muito bem entrar em qualquer cd dos anos 80, Steve Harris mais uma vez criou uma obra prima, basta ir ver á internet ver a resposta que a musica tem vindo a ter da parte dos fãs, esta musica deveria obrigatoriamente ser inserida na setlist da tour que a banda vai começar no inicio de 2011. Não poderia haver melhor desfecho, simplesmente espectacular e inspirador e que finalmente a banda mostra que ainda consegue criar algo de novo e fresco numa altura em que já foi praticamente tudo criado

Para finalizar, desde o regresso do Bruce e do Adrian á banda em 1999 a banda já lançou quatro cds ‘Brave New World’, ‘Dance Of Death’, ‘A Matter Of Life And Death’ e ‘The Final Frontier’, dos quatro, mesmo tendo boas musicas, os menos bem conseguidos são os ‘DoD’ e o ‘AMOLAD’ sem duvida nenhuma, quanto ao ‘BNW’ foi o inicio da revolução, revolução essa que parecia num bom caminho após vermos o ‘BNW’ a ser tocado quase todo ao vivo no concerto do Rock In Rio em 2001 e que conseguiu por mais de 200.000 pessoas a cantarem os refrões desse cd, depois seguiu-se uma fase de pouca inspiração e eis que em 2010 com ‘The Final Frontier’ a banda transpira criatividade, inspiração e equilíbrio, certamente que a banda calou muita gente que já vinha a dizer que a banda estava mais que gasta e sem inspiração,

Quanto á banda, Bruce Dickinson volta a mostrar o porquê de ser um dos melhores vocalistas de sempre ao lado de Ronnie James Dio e Rob Halford. Steve Harris mais uma vez está excelente com as suas emocionantes cavalgadas que toca no seu baixo. Dave Murray, Adrian Smith e Janick Gers partilham mais uma vez os grandes riffs e os deliciosos solos de guitarra e o Nicko McBrain continua o monstro que é sempre escondido por detrás da sua bateria.

Nota final: 9.2

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Black Sun Aeon - Routa

Fundados em 2008, os Black Sun Aeon são uma banda de Death/Doom Metal, após o primeiro cd de originais lançado o ano passado e que foi muito aclamado pelos fãs de Doom Metal Melódico, eis que o sucessor de “The Darkness Walks Beside Me” nos chega, “Routa” mistura tudo o que há de bom dentro do Doom Metal em termos de melodia, aliás, já é um habito de tudo o que é bandas Finlandesas criarem na perfeição musicas cheias de melodia, Amorphis, Nightwish, Moonsorrow, Ensiferum (que este ano tem também álbum novo, e que album), Swallow the Sun, entre muitas outras.

Este novo trabalho dos Black Sun Aeon é um registo duplo com duração máxima de 80 minutos, ambos contem 7 musicas, o primeiro cd, Talviaamu (Manhã de Inverno) foca-se mais numa sonoridade Doom/Death melódico, enquanto que o segundo, Talviyö (Noite de Inverno) tem elementos mais dentro da onda do Black Metal, a faixa-título por exemplo, Routa apresenta alguns riffs de Black Metal, e acaba por ser a única musica do primeiro cd deste registo duplo a mostrar-nos isso deixando o segundo cd com essa sonoridade. A vocalista Janica Lonn da banda de Metal Gótico Lunar Path empresta a sua voz fornecendo a maioria das vozes ouvidas na faixa ‘Dead Sun Aeon’ que é uma das melhores musicas deste registo com o seu Doom Metal Melódico perfeito.



‘Frozen’ com o seu refrão poderoso a mostrar a grande voz limpa do guitarrista/vocalista Mikko Heikkilä, ‘Sorrowsong’ sendo o melhor exemplo de puro Doom retirado deste registo e ‘River’ que tem um riff melódico delicioso são para mim as melhores musicas deste trabalho.

Globalmente, este é um álbum agradável de se ouvir, não é aquele Doom bastante lento e que se arrasta por 10 ou mais minutos em cada musica, muitos fãs de musica Melódica ficarão agradados com o que está aqui apresentado, no primeiro disco é mais para ouvintes que gostam de musica melódica com refrões ‘catchy’, o segundo já é mais virado para os aficionados de Doom bem escurecido. Este não é o melhor registo do género por ai de certeza, mas mesmo assim consegue captar fãs de diferentes estilos, ate mesmo de fora do Metal graças ás suas composições e isso torna-o num bom trabalho muito bem conseguido. 8.2/10

Download para os interessados: http://www.mediafire.com/?3kjtzwgkbmq

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Blind Guardian - At the Edge of Time

Eis que após um ‘A Twist in the Myth’ muito pouco conseguido em contraste com a boa carreira dos germânicos Blind Guardian, eis que a banda regressa com um trabalho grandioso com diversas passagens épicas.

Para os mais distraídos, os Blind Guardian são uma das principais bandas de Power Metal de sempre ao lado de nomes como Helloween, Stratovarius, Gamma Ray e os seus digamos principais, ou melhor dizendo mais bem conseguidos albums são o ‘Somewhere Far Beyond’ (1992), ‘Imaginations from the Other Side’ (1995) e o ‘Nightfall in Middle-Earth’ (1998), nestes cds a sonoridade da banda ficou bem vincada com os muitos arranjos orquestrais e os riffs bem pesados mas com muita melodia, e é neste ‘At the Edge of Time’ que a banda regressa á boa forma, segundo a banda cerca de 95% do que se ouve é tocado por instrumentos verdadeiros autênticos. Para o caso da “Sacred Works” e a “Wheel Of Times” - os temas que abrem e fecham este registo - a banda foi a Praga, eles gravaram ambas quase por inteiro com músicos da Orquestra do Estado Checo e o resultado tal como se pode verificar ficou excelente e a banda ficou muito agradada com o resultado obtido. Depois também existem passagens meio orientais que foram feitas por um violinista Turco, músicos de inspiração irlandesa na “Curse My Name” e a banda ainda tratou de arranjar um pianista e um piano a sério para a “Road of No Release”.

Pois bem vamos la então falar do cd, “Sacred Worlds” (é a musica do video, o vídeo é do jogo ‘Sacred 2’) tem uma entrada orquestral mesmo a dar o início a mais uma jornada épica da parte dos Blind Guardian, os arranjos orquestrais estão simplesmente épicos, a banda juntamente com a Orquestra do Estado Checo criaram aqui um monumento que irá certamente figurar nos concertos de promoção ao novo trabalho. “Tanelorn (Into the Void)” e a “Ride Into Obsession” é um regresso ao passado com refrões poderosos e com uma sonoridade meio Thrash meio Power muito rapida.“Road of No Release” é uma daquelas músicas que é em crescimento, primeiro tem uma introdução com piano e a musica vai subindo de nível ate ao fim em que está cheio de refroes bastante melódicos com coros á mistura.

“Curse My Name” é baseada no livro de John Milton, ‘The Tenure of Kings and Magistrates’ (O Mandato dos Reis e Magistrados), no livro ele diz como um Rei se deve comportar e ainda legitima o assassinato do Rei se ele não exercer as suas funções. Quanto á musica em si é a primeira balada do álbum com um ambiente medieval/celta tal como a banda o sabe fazer e os instrumentos usados são do mais variado, entre eles flautas, flauta de sopro e harpas. A partir do minuto 2:30 quando a banda embarca num som mais ‘Folk’ é onde se vê as muitas influências da banda, para quem conhece a carreira da banda a fundo irá notar o enorme cheiro á ‘The Bard's Song’, é um dos maiores clássicos da banda e é do cd ‘Imaginations from the Other Side’.



“Valkyries” e “Control the Divine” fazem-nos lembrar os trabalhos mais recentes da banda, ‘A Night at the Opera’ e o ‘A Twist in the Myth’, as musicas parecem vir desses trabalhos mas a sua composição ta muito boa, é sinal de que a banda so teve uns percalços de percurso nesses cds e que agora está de volta ás grandes musicas. “War of the Thrones” é a segunda balada do registo em que durante os versos só se ouve dois ou três instrumentos e que nos refroes são usados o maior numero de instrumentos possíveis para dar um ar de alegria a uma musica que tem momentos de tristeza, a musica é inspirada na saga de fantasia ‘A Song of Ice and Fire’ de George R. R. Martin e relata

“A Voice in the Dark” foi o single de avanço de promoção ao cd, nesta música a banda regressa inteiramente ao passado, guitarras bem pesadas e rápidas e refroes melódicos e Hansi Kürsch a mostrar que tem uma das melhores vozes de sempre. Tal como a “War of the Thrones” esta musica também é inspirada na obra de George R. R. Martin e conta a historia de Bran Stark que é uma das principais personagens da obra. “Wheel of Time” desde o inicio é notório que é a musica mais ‘oriental’ deste registo, tem momentos em que pela parte instrumental parece que estamos a ouvir uma musica dos Metaleiros Israelitas Orphaned Land. Segundo Hansi Kürsch: “Esta música é sobre a saga "Wheel of Time" (que já conta com 12 livros e mais a caminho) de Robert Jordan, mas principalmente é sobre a verdadeira fonte de poder que controla todos os homens que têm esse poder de modo que não há hipótese de um homem para se tornar o mestre da verdadeira fonte.”

Esta musica que vou falar agora nao vem no cd normal mas é uma das musicas que vem com o single “A Voice in the Dark”. “You're the Voice” é uma cover cuja original é da autoria do cantor de Pop Australiano John Farnham, a musica original já é épica com refroes fortes mas os Blind Guardian deram-lhe o seu toque pessoal e tornaram-na ainda mais épica e que certamente que se a tocassem iriam conseguir por o publico todo a cantar em uníssono “You're the voice try and understand it / Make a noise and make it clear / Whoa oh oh (ooOooOo…) / We're not gonna live in silence / We're not gonna live in fear / Whoa oh oh (ooOooOo…)”.

Nota final: 8.8/10

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Barren Earth - Curse of the Red River

Eis mais um projecto com elementos de luxo vindos de diversas respeitadas bandas, tais como Amorphis, Moonsorrow, Swallow the Sun e.. Kreator.

Quando os super-grupos se juntam, o hype tem a tendência em superar o próprio produto e o nível de intensidade criado no início nem sempre se traduz bem no resultado final, neste caso isso não acontece, a pequena amostra que já vinha do EP ‘Our Twilight’ lançado em Novembro passado já nos dava a entender que algo de bom iria sair deste projecto, e eis que este ano chega o aguardado cd de estreia, ‘Curse of the Red River’. Graças á mistura de estilos que os seus elementos trazem o resultado final acaba por ser Death Metal Progressivo com sonoridades acústicas com largas influencias dos reis Opeth misturado com o Death Metal Melódico com sonoridade Folk dos Amorphis (inicio de carreira), para ser ainda mais simples de explicar como soa ‘Curse of the Red River’, peguem no lendário ‘Orchid’ dos Opeth e façam uma ‘fusão’ com o também lendário ‘Tales From the Thousand Lakes’ dos Amorphis.

Dos Amorphis vem dois antigos elementos, o baixista Olli-Pekka Laine e Kasper Mårtenson nas teclas, curiosamente ambos pertenciam á banda quando o ‘Tales from the Thousand’ foi gravado, aliás, ate foi o único registo onde Kasper pode emprestar os seus serviços, quanto a Olli foi um dos membros originais e gravou os primeiros 4 cds dos Amorphis. Dos Moonsorrow vêm Marko Tarvonen na bateria e o guitarrista Janne Perttilä. Mikko Kotamäki dos Swallow the Sun dá o seu grande contributo com a sua poderosa voz como se pode verificar em qualquer cd da sua banda. Para concluir as apresentações, Sami Ylisirniö dos thrashers Kreator - desde o ‘Violent Revolution’ de 2001 - deixa-nos uma grande variedade de riffs e solos deliciosos.

Graças ás varias influencias progressivas e melancólicas vindas de diferentes bandas este registo acaba por ter diversas surpresas a cada musica, uma coisa que se nota bastante á medida que vamos ouvindo este trabalho é, como já disse, a enorme inspiração nos trabalhos mais Death Metal dos Suecos Opeth, é que a mistura da melodia das teclas e dos solos de guitarra épicos com a bruteza dos growls aqui ficam misturados na perfeição em todas as musicas deste álbum tal como nos álbuns dos já mais que mencionados Opeth.

Este trabalho inicia logo com a faixa-titulo, nota-se logo de inicio as influencias referidas mas uma nota que é importante destacar é o final, as flautas um bocado influenciadas nos trabalhos da banda de Rock Progressivo, os Jethro Tull, misturam-se aqui na perfeição com um pouco de experimentalismo progressivo. A faixa ‘Our Twilight’ já vinha do EP, a voz gutural nesta musica (tal como quase todas as musicas deste registo) acaba logo por agarrar qualquer fã de Opeth, parece que o líder dos Opeth, Mikael Åkerfeldt, empresta a sua voz mas não, Mikko Kotamäki, tal como nos Swallow the Sun dá aqui o melhor de si, quanto á parte instrumental, ninguém consegue ficar indiferente ao estrondoso trabalho, riffs viciantes e solo de guitarra de deixar muita gente de boca aberta.

‘Forlorn Waves’ é a musica mais ‘Amorphis’ deste registo, tendo aqui o teclista que gravou ‘Tales from the Thousand’ já era de prever algo de melódico com influencias ‘folclóricas’ como se tivesse saído do trabalho gravado em 1994 pelos Amorphis. Com uma grande entrada mesmo digna de uma certa banda Sueca e as vozes tanto guturais como limpas mesmo no ponto, ‘Flicker’ acaba por ser uma das músicas mais épicas deste registo com os refrões a serem acompanhados com o excelente trabalho de piano de Kasper Mårtenson. ‘The Leer’ destaca-se pelo experimentalismo a que foi submetida, o trabalho de piano e guitarra a lembrar um bocado o estilo Power Metal é simplesmente do melhor. Com entrada dedicada aos primeiros trabalhos dos Amorphis, ‘The Ritual Of Dawn’ abre de rompante para depois no resto da musica nos mostrar um bocado da costela épica que Marko Tarvonen e Janne Perttilä trazem dos Moonsorrow com um fim de musica sempre em crescimento.


Ere All Perish’ e ‘Cold Earth Chamber’ parecem daquelas músicas que passam despercebidas mas com algumas audições vemos logo a beleza toda, se pegasse-mos nestas músicas e pusesse-mos num cd dos Opeth, o Blackwater Park ou o Orchid por exemplo, ninguém iria notar que elas serias os intrusos, a composição é tal e qual como os Suecos fazem e bem desde há muitos anos para cá. A ultima musica, ‘Deserted Morrows’ com um som um bocado acústico e mais a meio tempo torna-a numa musica obscura, o ultimo minuto fecha em beleza com todos os instrumentos a serem ouvidos num momento de pura loucura.

Com apenas um registo de originais, os Barren Earth já conseguiram - com mérito - um lugar entre as melhores bandas de Death Metal Melódico/Progressivo. Toda a experimentação apresenta, a grande atitude musical em misturar diversas sonoridades e também com as poderosas ‘clean vocals’ tornam ‘Curse of the Red River’ um trabalho a figurar em muitos top’s de melhores do ano.

Para os interessados:
Curse of the Red River: http://www.mediafire.com/?yznyddetgln

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Deep Purple no Coliseu de Lisboa 14/07/2010

Grande noite para os amantes de Hard Rock, os Deep Purple são ao lado dos Black Sabbath e dos Led Zeppelin os responsáveis pelos melhores hinos de Hard Rock/Heavy Metal da história.

O concerto abriu de rompante com a 'Highway Star', sendo o hino que é todos os presentes conhecem por isso a loucura foi logo de inicio com toda a gente a a saltar ou a fazer headbang. Durante o concerto a banda desfilou clássico atrás de clássico, 'Strange Kind Of Woman', 'Maybe I’m A Leo', na 'Fireball' assim que Ian Paice começa a tocar na bateria mais parecia um terramoto tal as vibrações que se sentiam no ar. Seguiu-se 'Mary Long', 'No One Came', 'Perfect Strangers' que conseguiu sacar muitos headbangs do público. Durante o refrão da ‘Space Truckin’ o Coliseu quase vinha abaixo, nesta ninguém perdoou, "Come on, Come on, Come on, let's go Space Truckin" dito a pulmões cheios deixou certamente muita gente sem voz, antes do encore tivemos direito ao que se calhar é o maior clássico destes avôs do Rock, toda a gente conhece o riff da 'Smoke On The Water' por isso a reacção foi instantânea. Para o encore tivemos a grande 'Speed King' seguida da tradicional 'Hush', que para os mais distraídos é uma cover de Billy Joe Royal, e para acabar em grande a classica 'Black Night '.

Ian Gillan foi um senhor, sempre bem disposto em palco, tanto ele como os seus colegas via-se nos sorrisos de cada um que eles gostam de fazer o que fazem, e ainda bem, a musica deve ser feita por prazer, mas como dizia, Ian Gillian mesmo já indo nos seus 64 anos ainda continua com uma poderosíssima voz que por diversos momentos ate acompanhou o guitarrista Steve Morse com os seus poderosos berros enquanto que Steve tirava uns quantos solos, durante o concerto, a idade foi um factor á parte, Ian esteve sempre de um lado para o outro a puxar pelo publico e em algumas situações ate andou a saltar em palco.

Roger Glover eram um dos mais bem dispostos, sempre com um sorriso na cara, teve o seu grande momento na Hush quando teve direito a uns minutos para mostrar que ele também tem técnica com um solo de baixo fazendo ate com que a certa altura que o publico fizesse diversos "heys, heys".

Ian Paice foi um mostro na bateria, assim que ele ia ao pedal a vibração era tanta, os 62 anos que tem ainda não lhe pesam, por diversos momentos também teve direito a uns quantos mini solos, durante a 'Speed King' teve os seus minutos a solo pondo muita gente a fazer air drums.

Steve Morse, que tem sido o substituto do eterno Ritchie Blackmore deu um show monumental, riff atrás de riff, solos de deixar muitos presentes de boca aberta, improvisos em quase todas as musicas, ontem a guitarra dominou, ate dominou demasiado porque era o instrumento com o volume mais elevado tendo ate mesmo tapado por completo a voz de Ian Gillan em diferentes momentos, na 'Well Dressed Guitar', que para quem não sabe, é um pequeno instrumental onde o que se destaca mais é mesmo a guitarra, aqui o Steve não perdoou dando asas á imaginação e estendendo o mais que possível a musica, na parte final, para quem conhece a musica, o ritmo é perfeito para acompanhar com palmas, e foi isso mesmo que aconteceu, todos os presentes estavam sintonizados, tal era a festa que todos os holofotes do Coliseu foram ligados para a banda ver que toda a gente estava ali para vê-los.

Don Airey, pianista, so esta com a banda de 2002 mas isso não lhe tirou protagonismo nenhum, tal como os seus companheiros ele tambem deu show, após a 'No One Cam'e ele teve direito a uns minutos para mostrar o que vale no piano, entre momentos de inspiração ate houve espaço para tocar a 'Cheira bem, cheira a Lisboa', claro que neste momento já estava toda a cantar a musica.

Estes Senhores deram uma lição a muitas bandas jovens de hoje em dia que chegam a um concerto tocam tudo á pressa e que nem se mexem em palco.

O público foi cinco estrelas, eu estive nas grades e não senti os tradicionais empurrões a matar vindos de trás, finalmente um concerto onde toda a gente se portou bem, cada pessoa esteve no seu lugar a curtir á sua maneira, do que vi não houve mosh, o que houve muito foi saltos, air guitars (mas houve alguem não tenha feito air guitar quando o Steve Morse sacava um solo??), headbangs houve com fartura, palmas a acompanhar os ritmos, houve de tudo e mais alguma coisa, sem duvida um dos melhores concertos do ano com casa esgotada, eu sou alto, a certa altura olho para trás pa plateia, cheia, bancadas, cheias, camarotes, ate no ultimo piso de todos havia gente, não cabia mais ninguém. Fossem crianças de 8 anos ou idosos na casa dos 70 anos, toda a gente estava ali para um concerto de puro Hard Rock/Heavy Metal como já não se faz há muito tempo.

Após o grande concerto que foi, nada melhor do que comprar um tshirt como recordação, enquanto estava na fila de espera, diversas pessoas vieram ter comigo porque queriam fotografar a setlist que eu tinha conseguido, uma dessas pessoas era um homem de 45 que estava acompanho do filho de 9 anos e da filha que tinha 15 anos, o brilho nos olhos e a alegria estampada na cara deles conseguia por muita gente contente, enquanto que o homem ligava a maquina eles olharam para a setlist e começaram a falar mesmo á fãs, "esta foi a loucura", "esta é a minha preferida", "eu sei a letra desta", digo-vos, ver aqueles miúdos á minha frente com aquela alegria toda após terem visto Deep Purple ao vivo mostra que ainda há esperança na juventude dos dias de hoje, assim que o pai deles tira a fotografia viro-me para os miúdos, "entao, gostaram?", e os dois ao mesmo tempo, "Siiim,", lindo.

Highway Star
Things I Never Said
Strange Kind Of Woman
Maybe I’m A Leo
Rapture Of The Deep
Fireball
Contact Lost
When A Blind Man Cries
Well Dressed Guitar
Mary Long
Lazy
No One Came
Keyboard Solo
Perfect Strangers
Space Truckin
Smoke On The Water
--------------------------
Speed King
Hush (Billy Joe Royal cover)
Black Night

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Optimus Alive 08/07/2010

Pois bem, assim que houve o cancelamento de Heaven And Hell enfiei logo na cabeça que não iria por os pés no Alive deste ano, ir dar 50 euros so para Faith No More era um bocado… pois bem, ontem era cerca das 14:30, uma amiga minha virasse e diz ‘tenho aqui na last fm um gajo a vender dois bilhetes para o dia de hoje a 30 euros’, eu após reflectir um bocado e ter ido ver o tempo la disse a ela para combinar com o tal gajo, se tivesse como Segunda ou Terça o mais certo era ficar em casa. La fomos ter com o gajo, compramos os bilhetes, fomos pitar qualquer coisa e depois fomos po recinto, chegamos la e já passava das 18:00, já pensávamos que iríamos ficar ca pa trás, entramos, fomos ver os preços das tshirt’s, fomos beber uma cola e ao irmos pa perto do palco vimos na grade mais afastada do palco um espaço para duas pessoas mesmo no meio, fomos na boa para la, sem pressas e puff, ficamos la o resto da tarde/noite.

Concertos: Biffy Clyro, nem aqueceu nem arrefeceu, eles ainda conseguiram sacar os primeiros ‘saltos-empurrões’ do publico mas não foi o suficiente para aquecer o pessoal para o que vinha ai, os nossos Portugueses Moonspell que desta vez trouxeram (finalmente) Anneke van Giersbergen que já tinha gravado com a banda algumas musicas. Este foi o meu 4º concerto deles e mesmo tendo a convidada que teve acabou por ser fraquinho, houve falhas no som dos micros, a energia da banda em palco esteve muito fraca e quanto á setlist, mesmo so tendo menos de uma hora creio que a falta da ‘Everything Invaded’ é um erro enorme, é a par da Alma Matter - já agora, a homenagem a Ronnie James Dio alem de bonita era também previsível - as melhores musicas que a banda tem no seu reportório que ao vivo conseguem sempre melhores reacções do publico, publico esse que não reagiu assim muito ás musicas dos Moonspell porque claramente eles eram a banda mais mal posta neste dia.

Alice In Chains, não me importo em dizer que nunca ouvi a fundo o que este banda já fez, sim pode ser um grande erro meu mas prontes, eu posso não conhecer a maioria das letras das musicas mas sei a grande maioria das batidas e sempre deu para acompanhar com uns quantos headbangs. Quanto aos Kasabian, destes conheço zero, ainda tentei ouvir com atenção para ver se poderia gostar mas esqueçam, aborrecimento completo, ate me deu o sono.

Alice In Chains:

Rain When I Die
Them Bones
Dam That River
Again
It Ain't Like That
Check My Brain
Your Decision
No Excuses
Lesson Learned
Acid Bubble
We Die Young
Man in the Box
Would?
Rooster

Faith No More, ui, que bomba, o Senhor Mike Patton arrebentou aquilo tudo, de todos os concertos que já vi na vida nunca tinha visto um vocalista com mais energia em palco do que o Bruce Dickinson, mas o Mike.. este sempre de um lado po outro, a rebolar-se no chão, o homem tanto ia de graves para agudos ou de voz limpa a berros de arranhar a garganta em menos de um segundo, ele alem louco de louco também tem a sua quota parte de cómico, tantas as vezes ao longo do concerto em que usou a palavra caralho, fosse para o publico cantar ‘porra, caralho, porra, caralho, porra, caralho..’, ou então á musica dedicada ao maior caralho em Portugal, que segundo o Mike, é também um palhaço de primeira e que toda gente no recinto ontem concordou.

Faith No More:

Midnight Cowboy (John Barry cover)
From Out of Nowhere
Be Aggressive
The Real Thing
Evidence
As The Worm Turns
Last Cup of Sorrow
Cuckoo for Caca
Easy (The Commodores cover)
Midlife Crisis
The Gentle Art of Making Enemies
Ashes to Ashes P
Ben (Jackson 5 cover)
King for a Day
Epic
Just a Man

Encore:
Chariots of Fire (Vangelis cover)
Stripsearch
Surprise! You're Dead!

Encore 2:
Caralho Voador

Neste video eu quando vai ter com o publico ele ficou frente a frente comigo mais a minha amiga:



Uma coisa que quero mesmo referenciar foi a grande atitude do publico, sim, podem ter havido momentos em algumas bandas em que o publico não cantou ou acompahou com palmas algumas musicas mas o mais importante foi que pela primeira vez nos últimos 4/5 anos deu para se estar num concerto sossegado, mesmo tendo havido um bocado de ‘saltos-empurroes’ esses quase nem chatearam ninguem, os constantes esmagamentos que se tem visto nos últimos anos em festivais e concertos ontem não houveram, cada pessoa esteve no seu lugar a cantar, saltar, bater palmas, etc, todos puderam ter um grande dia, e eu que tive mesmo nas grades não senti nada, a única vez em que houve empurrão foi quando o Mike veio ter com o publico e pôs-se quase á minha frente, assim que o homem chega ali foi a loucura, tudo a querer tocar no homem, eu ainda lhe toquei nos dedos mas houve quem conseguisse ate lhe tirar os sapatos quando ele decidiu lançar-se ás feras, ou como o Mike disse depois ‘que bestias’.

sábado, 3 de julho de 2010

Ozzy Osbourne - Scream


Digo desde já que antes de ouvir este cd não estava á espera deste grande conjunto de musicas porque nos últimos anos a carreira deste Senhor do Heavy Metal esteve um bocado em baixo.

A primeira coisa que notamos é a falta de Zakk Wylde na guitarra, para quem conhece a carreira de Zakk nos Black Label Society e tenha ouvido os últimos trabalhos de Ozzy Osbourne, é mais que notório as parecenças de uma banda para a outra, o estilo do Zakk Wylde, a maneira como ele cospe da guitarra os fabulosos riffs que cria é exactamente igual, é por isso que o Ozzy decidiu ‘libertar’ o Zakk Wylde, porque os últimos trabalhos da sua carreira a solo estavam a ficar mais como cds de covers dos Black Label Society.

Para este trabalho, que sucede ao Black Rain que já data de 2007, Ozzy decide ir buscar nada mais e nada menos do que Gus G, que so para terem uma ideia, alem de ter a sua banda, os Firewind que praticam um bom Power Metal, ele também já trabalhou com os Nightrage, Arch Enemy e Dream Evil contribuindo com alguns solos de guitarra em alguns dos cds de cada banda. Na primeira audição da primeira musica do cd é bastante claro que este é um dos registos mais pesados da carreira de Ozzy a solo e também o melhor dos últimos anos desde o magistral ‘No More Tears’. O tradicional Heavy Metal mistura-se aqui com um Hard Rock musculado que irá agradar a muitos fãs que tenham gostado de um dos grandes cds do ano passado, ‘The Devil You Know’ dos Heaven And Hell, banda do falecido Ronnie James Dio.

‘Let it Die’ inicia logo com um mini solo de Gus G mesmo a dizer ‘o Zakk já foi, agora sou eu quem manda aqui’, nesta música a voz inconfundível do Ozzy so se nota nos refrões, para completar, a musica tem um dos muitos solos que Gus G inseriu neste primeiro trabalho com Ozzy. ‘Let Me Hear You Scream’ é daquelas músicas que encontramos em todos os cds de Heavy Metal dos anos 80 onde os refroes conseguem por toda a gente num concerto a cantar em coro, "Let me hear you scream like you want it! (Want it!) / Let me hear you yell like you mean it! (Mean it!) / If you're gonna go down: Go loud! / Go strong! / Go proud! / Go on! / Go hard or go home!" irá ser certamente responsavel por alguns recintos partidos.

‘Soul Sucker’ faz-nos pensar, ‘entao, mas o Zakk foi embora ou não?’, é que os riffs aqui presentes são a característica principal do ex. guitarrista do Ozzy. ‘Life Won’t Wait’ mostra-nos a versatilidade de Ozzy, se nas primeiras músicas vemos um Ozzy frontal e a usar todas as energias que ainda possuiu aos 61 anos de idade, nesta musica ele dá-nos o seu lado mais melódico. ‘Diggin' Me Down’, ‘Crucify’ e ‘Fearless’ passam de rompante mostrando que Ozzy ainda está ai para as curvas e que ele não é aquele homem desengonçado que se tem visto nos últimos anos na tv.

‘Time’, é a par da ‘Let Me Hear You Scream’ a melhor musica deste registo, aqui vemos Ozzy Osbourne no seu melhor como já não se via há mais de 10 anos a quando da altura em que gravou o mítico ‘No More Tears’, aliás, este pode ser considerada a ‘No More Tears’ deste trabalho, tal a energia que ela transmite tal como a musica de 1991 que dá o nome ao cd em que ficou gravada.

‘I Want It More’ é a musica mais Hard Rock daqui, mesmo perfeita para uns quantos headbangs. ‘Latimer's Mercy’ segundo o próprio Ozzy é uma musica sobre a vida de Robert Latimer, que é um agricultor que em 1993 matou a sua própria filha, Tracy, que na altura tinha 12 anos e que sempre viveu em agonia porque durante o parto ele esteve privada de oxigénio durante vários minutos e isso levou a que ele ficasse incapacitada, tanto mentalmente como fisicamente, e devido a operações a que foi sujeita ao longo dos anos ela tinha varias costuras no corpo e que tinham que ir sendo controladas com medicamentos, medicamentos esses que a família não tinha como comprar, um dia o pai dela já não conseguia aguentar ver mais a filha a sofrer e decidiu leva-la para a carrinha, ligou uma mangueira ao escape e pôs a outra ponta dentro da cabina e deixou-a sufocar ate á morte, segundo o pai, ele fez aquilo por amor á filha e disse que os poucos medicamentos que ela tomava eram apenas uma forma de tortura. A musica é basicamente o Ozzy a contar como se fosse se ele tivesse no lugar do agricultor, “I won’t say I’m sorry / I can’t bring you back but I can’t leave you helpless / I’ll make the pain rest in peace / I’ll turn off the light and / Swallow your last breath / so close your eyes, fall asleep / Trust me, I’d never hurt you”.

O cd encerra com ‘I Love You All’, que são uns poucos segundos de agradecimento do Ozzy para os seus fãs.

Para concluir, está aqui um dos melhores de Heavy Metal do ano tal como foi o ‘The Devil You Know’ o ano passado, mas ate agora no que toca a Heavy Metal o cd do Blaze Bayley tem dominado este estilo, agora so falta é agora esperar pelo que os gigantes britânicos, os Iron Maiden, nos tem para oferecer.

quarta-feira, 30 de junho de 2010

Nachtmystium - Addicts Black Meddle Part II

Os Nachtmystium juntam o psicadélico e o experimentalismo ao seu black metal, saindo do processo com um conjunto de temas que nunca perde o sentido de melodia, morbidez ou agressividade, muita gente ate já os considera os ‘Pink Floyd do Black Metal’.

Este é daqueles albums que em determinados dias poderá soar fantástico enquanto que noutros um aborrecimento enorme devido ás diferentes composições em praticamente todas as musicas, por isso para se poder ouvir isto com bons ouvidos é preciso estar mentalmente preparado para receber seja o que for por mais estranho que seja.

Para os mais atentos, a banda, tal como tinha feito no trabalho anterior, faz no titulo do cd mais uma referencia ao famoso cd dos Pink Floyd, ‘Meddle’, e também em jeito de homenagem a intro “Cry For Help” é apenas um daqueles momentos melancólicos que podemos encontrar em todos os cds dos Pink Floyd. Esta é a segunda parte da viagem psicadélica dos Nachtmystium que mais um vez contam com a ajuda do multifacetado musico, produtor e engenheiro de som Sanford Parker, baixista dos Minsk e que nos últimos anos tem estado associado a diferentes projectos de Sludge e Doom.

Neste registo, a nível instrumental, é preciso referir os diversos pormenores e arranjos que algumas musicas contêm, isto ta feito para agradar tanto a gregos como a troianos, mantendo as vozes á ‘Black Metal’ as irritantes mas viciantes "Ruined Life Continuum" e a "Nighfall" fazem-nos lembrar algumas bandas desta nova vaga de Rock Alternativo (que toda a gente conhece como Indie Rock), para alguém com conhecimentos dentro Rock Alternativo irá notar facilmente que a "Ruined Life Continuum" leva-nos ao mundo dos The Killers e a "Nighfall" faz lembrar uns Franz Ferdinand, e em outras musicas podemos ate sentir um bocado de Joy Division no ar.

De todas as musicas destaco uma que é a minha preferida e que é a que está apresentada no vídeo do artigo, a “No Funeral”, creio que uma musica, supostamente dita, de Black Metal nunca tenha ficado tão estranha como esta, mantendo as vocais rasgadas característica do estilo, a parte instrumental remonta-nos ao mundo do de uns Killing Joke em inicio de carreira com o seu Post-Punk aqui a ser fundido com Black Metal resultando numa combinação perfeita, para frequentadores de bares góticos ou bares onde simplesmente passem Metal preparem-se porque esta musica de um dia para outro pode começar a ser ouvida por ai.

“Addicts” com os seus riffs e solos de guitarra limpos e com a voz do Senhor Blake 'Azentrius' Judd a ser menos cuspida e mais cantada torna-a na musica mais ‘soft’ do álbum e a “The End is Eternal” mostra o fantástico trabalho que Sanford Parker consegue fazer com os sintetizadores. “Blood Trance Fusion” é uma musica a meio tempo que a meio da sua viagem nos mostra uma pequena copia/referencia do ‘Crust-Punk’ que tem sido feito nos últimos anos pelos Darkthrone. A última musica, “Every Last Drop", é uma mistura do rock psicadélico dos Pink Floyd com o ‘Doom Drone’ de uns Sunn 0))), mesmo para fechar em grande.

Resumidamente, está aqui um dos cds do ano de metal extremo e para mim é mesmo um dos melhores do ano a nível geral, já não ouvia algo assim tao ‘diferente’ há já muito tempo, é criativo e inovador, todas as musicas são únicas com a sua própria composição por isso não há mais a pedir. 9/10

Quem quiser ouvir: http://www.mediafire.com/?3qkygjzm5j3

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Cynic no Musicbox 16/06/2010

Quando no ano de 1993 os Cynic lançaram o Focus ninguém esperaria o que iria acontecer desde então, o culto todo que se formou á daquele portentoso álbum de Death Metal Técnico/Progressivo ate aos dias de hoje é algo de fabuloso, por isso quando a banda anunciou que para 2008 haveria novo trabalho todos os fãs da banda ficaram entusiasmados por poderem vir a ter uma nova oportunidade de ver a banda ao vivo a tocar o Focus e também algum material novo.

Antes deste ultimo concerto eles já tinha cá vindo o ano passado ao festival Vagos Open Air, eu (infelizmente) não fui mas pelas ‘reviews’ que li em fóruns na internet a banda tocou o mítico álbum na integra com as musicas desse a serem intercaladas com as do ultimo trabalho de originais, o Traced In Air, e desta vez eles repetiram a mesma façanha para um Musicbox esgotado.

Paul Masvidal, o eterno guitarrista/vocalista da banda foi sempre o líder nesta noite de Metal Técnico que segundo ele, estava com problemas com a garganta e foram varias as vezes vê-lo a por um spray pela boca a adentro, mas não foi isso que o impediu de mostrar o que vale. Desde o regresso da banda em 2008, Tymon Kruidenier tem sido o grande substituto nas ‘growls’ que no Focus ficaram registas por Tony Teegarden (também ex.pianista da banda), e com Robin Zielhorst no baixo e o ‘monstro’ Sean Reinert em grande na bateria (durante o concerto aquilo parecia uma aula de bateria, tantas eram as pessoas a fazer air drums) completam a banda que na quarta á noite mostraram o que de bom se faz na musica nos dias de hoje.

‘Veil of Maya’, ‘How Could I’, e ‘Uroboric Forms’ do Focus, ‘Evolutionary Sleeper’, ‘Integral Birth’, ‘King Of Those Who Know’ e ‘Adam's Murmur’ do Traced In Air foram as musicas que mais ficaram marcadas para a historia do concerto tal era a reacção que cada uma dava no publico, fosse com air guitars, headbangs, air drums, palmas a acompanhar a bateria em alguns momentos mais lentos ou ate mesmo coro para dar uma ajuda ao Paul Masvidal.

Quanto á setlist era a que já se sabia, tocaram o Focus e o Traced In Air na íntegra e ainda foram buscar a nova musica que está no Re-Traced EP, a ‘Wheels Within Wheels’. A banda iniciou o concerto tocando o Focus pela ordem do cd, depois eis que chega a vez do Traced In Air, mas no caso deste, eles decidiram mudar umas ordens.

Em relação ao concerto em si não há muita coisa a dizer alem de que foi brutal, como fundo havia projecções em tela com os diferentes artworks dos cds da banda, mas os Cynic não são banda de espectáculo mas sim de mostrarem as suas capacidades por isso os apontamentos não são muitos, o som estava perfeito, nem muito alto nem muito baixo, todas as musicas foram tocadas na perfeição tal como estão registas nos cds, neste momento, dos elementos que gravaram o Focus, só sobram o Paul (vocalista) e Sean Reinert (bateria) mas ontem á noite todos os elementos da banda estiveram bem e quem não foi perdeu uma enorme oportunidade de ver um grupo cheio de talento a mostrar o porquê do Focus - e o Traced In Air certamente que o irá ser também - se ter tornado um álbum de culto.

No fim do concerto consegui com que o Paul e o Sean, sendo eles os únicos membros originais, me autografassem o Focus e o Traced In Air, e como prometido não saí de lá sem uma tshirt e o novo EP, ao comprar as duas coisas ainda me ofereceram um poster da tour.

1.Veil of Maya
2.Celestial Voyage
3.The Eagle Nature
4.Sentiment
5.I'm but a Wave To...
6.Uroboric Forms
7.Textures
8.How Could I
9.Nunc Stans
10.The Space For This
11.Evolutionary Sleeper
12.Wheels Within Wheels
13.King of Those Who Know
14.Adam's Murmur
15.Nunc Fluens
16.Integral Birth

(Mas mesmo assim nao tenho a certeza de esta ser a setlist)

Este é mais um para os votos de final do ano para melhor concerto.

Quem nao conhece a banda e quiser ouvir aqui estao os downloads para os cds da banda:

Focus (1993): http://www.mediafire.com/?mcljywtr2nm
Traced In Air (2008): http://www.mediafire.com/?2hemwhz2uxy
Re-Traced (2010): http://www.mediafire.com/?vbdz03ytc3a



segunda-feira, 31 de maio de 2010

Rock In Rio 2010, dia 30

Antes de mais é preciso fazer uma referência á entrada no recinto, foi uma vergonha, as entradas estão marcadas para as 16:00 mas so ás 16:30 é que as pessoas puderam começar a entrar, devido a todos os preconceitos a que a musica pesada está liga a revista é sempre feita ate ao mais pequeno buraco do cu á procura de tudo o que seja a mais pequena peça de ferro, depois das minuciosas revistas as pessoas ainda ficaram ate ás 17:20 á entrada do recinto a torrar mais um bocado debaixo do sol abrasador, assim que aquilo abriu foi a loucura, muita gente começou logo com os empurrões, se as portas já tivessem abertas assim que as revistas começaram a entrada poderia ser mais ordeira.

Soulfly liderados pelo mítico vocalista/guitarrista e fundador da banda Sepultura, o Senhor Max Cavalera durante uma hora eles sempre souberam puxar pelo o publico, eram moshs, crowsurf, saltos, palmas, coros com referencias futebolistas, tudo servia para fazer uma enorme festa, com passagens pelas diferentes fases da banda uma coisa que se notou é que as pessoas não se esqueceram qual foi a banda que o Max fundou antes dos Soulfly, quando a banda tocoupor exemplo a ‘Roots Bloody Roots’ olhávamos para direita ou para a esquerda era mais que notório que todas as pessoas presentes conheciam aquela musica.

“Vocês são do caralho”, foi a frase preferida que o Max usou durante o concerto a agradecer ao público a boa reacção a todas as musicas.

Intro - B.F.W.H.
Intro - Prophecy
Intro - Primitive
Seek n' Strike
Bleed/ Tree Of Pain
Refuse Resist
Bloodbath & Beyond
L.O.T.M./ Walk
Porrada (solo bateria)
Troops of Doom
Unleash
Attitude
Roots
Jump
Eye For an Eye

Depois tivemos os Reis do Rock ‘n’ Roll, Lemmy Kilmister, Phil Campbell e Mikkey Dee mostraram a muitos dos jovens presentes que o verdadeiro espírito do Rock ‘n’ Roll está bastante vivo. Como em todos os concertos, a já mítica frase de introdução: ‘We are Motörhead and we play Rock ‘n’ Roll’ deu o mote para o que seria uma hora de puro Rock sempre a rasgar. Com clássicos misturados por outras musicas mais recentes, os Motörhead de tudo fizeram para mostrar ao publico quem manda, e não foi uma falha técnica nos instrumentos logo na primeira musica, a ‘Iron Fist’ que os fizeram abrandar, ‘Rock Out’, ‘Metropolis’, ‘Over The Top’ e a ‘One Night Stand’ seguida de um solo de guitarra do Phil Campbell deixaram muita gente louca. No final da ‘In The Name Of Tragedy’ pudemos ver um enorme solo do baterista Mikkey Dee acompanhado por uns circle pits.

Já no fim tivemos a ‘Going To Brazil’ com dedicação a todos os brasileiros presentes ali (para ter sido um grande momento so faltava os Motörhead chamarem os Soulfly ao palco) e depois a sequencia ‘Killed By Death’ + ‘Ace Of Spades’ + ‘Overkill’ fechou um enormíssimo concerto dos veteranos do Rock.

Para a despedida, uma ultima palavra do Senhor Lemmy: “Don't forget us... We are Motorhead and we play rock'n'fuckin'roll".

Iron Fist
Stay Clean
Be My Baby
Rock Out
Metropolis
Over The Top
One Night Stand (solo guitarra)
Thousand Names
Cradle To The Grave
In The Name Of Tragedy
Going To Brazil
Killed By Death
Ace Of Spades
Overkill

Megadeth não vi o concerto todo porque andava a passear pelo recinto, mas mesmo assim conseguia ouvir o concerto, as guitarras como sempre estavam perfeitas, quando á voz do Dave Mustaine continua esquisita como sempre, eu nunca fui apreciador da voz dele, então ontem meu deus, no Priest Feast o ano passado no Pavilhão Atlântico, mesmo com os problemas acústicos que toda a gente sabe que o PA tem, ele ai esteve bem melhor.

Trust
In My Darkest Hour
Skin Of My Teeth
Holy Wars
Hangar 18
Five Magics
Poison Was The Cure
Tornado of Souls
Rust In Peace... Polaris
Headcrusher
Sweating Bullets
A Tout Le Monde
Symphony Of Destruction
Peace Sells... (But Who's Buying?)

Rammstein so vi cerca de 35/40 min por causa da bloeia, que mais uma vez agradeço, os Rammstein nunca foram uma banda que me fizessem ir gastar dinheiro so neles por isso ontem já deu pa dar um cheirinho e deu para ver perfeitamente que ao vivo eles arrebentam tudo, com o seu ‘Metal Industrial’ eles sabem bem como animar o publico.

Intro
Rammlied
Bückstabü
Waidmann
Keine Lust
Feuer Frei
Wiener Blut
Oh No (Frühling In Paris)
Ich Tu Wir Weh
Du Riechst So Gut
Benzin
Links
Du Hast
Pussy
Sonne
Haifisch
Ich Will