quinta-feira, 10 de março de 2011

Edge Of Sanity - Purgatory Afterglow, um marco do Death Metal Progressivo


Estamos em 1994, ano de lançamento dos melhores registos de algumas bandas do panorama mundial. Dos muitos registos lançados neste ano destaca-se a pérola do Death Metal Melódico “Tales From The Thousand Lakes” dos Amorphis, o Grunge dos Soundgarden com o fabuloso “Superunknown” e o Senhor Trent Reznor lança o “The Downward Spiral” com os seus Nine Inch Nails. Os Pink Floyd encerram a sua carreira discográfica com o “The Division Bell” e na mesma altura os Machine Head começam uma carreira ao mais alto nível dentro do Groove Metal com o seu “Burn My Eyes” e os Nirvana lançaram o seu registo ao vivo “MTV Unplugged in New York” que os colocou no topo do mundo. Outros bons lançamentos foram por exemplo o “Awake” dos Dream Theater, “Far Beyond Driven” dos Pantera, “Balls To Picasso” do trabalho a solo do Bruce Dickinson e o “Deliverance” dos americanos Corrosion Of Conformity.

Mas do que venho aqui é de um álbum que marcou o Death Metal Pogressivo, falo pois bem do “Purgatory Afterglow” dos Edge Of Sanity, um dos muitos projectos do multi-instrumentista Dan Swanö, este álbum começa com uma música cujo nome está marcado para a eternidade devido á saga de vampiros que abalou o mundo nos últimos anos, falo pois de “Twilight”, uma bomba de musica que abalou e muito o mundo da musica e mais concretamente o mundo do Death Metal, a sua composição mostrou uma revolução com a introdução de registo de voz limpa que depois dispara para uma voz gutural do mais destruidor que pode haver, esta mistura mistura entre o típico Death Metal sempre a abrir com Rock Progressivo bem melódico veio logo a influenciar muitas bandas entre elas conterrâneos Opeth e é graças a este projecto e a muitos outros do Senhor Dan Swanö que os Opeth ja pediram os seus serviços nos seus trabalhos iniciais, o “Orchid” e o “Morningrise” foram ambos produzidos e remisturados pelo Dan Swanö.

O que se segue é um desfilar de músicas do melhor que se pode fazer dentro do Death Metal, “Blood-Coloured” é uma das músicas mais interessantes deste registo devido á mistura perfeita de vozes, aqui se vê o bom que a voz limpa do Dan Swanö consegue ser. Como qualquer grande cd é preciso ter uma musica que seja bem catchy e para isso temos “Black Tears”, para muitos esta é a pior musica que os EOF já fizeram, se calhar deve ser pelo facto que a musica não ter nada de voz gutural, eu pelo menos gosto e acho que está uma grande musica que ao vivo graças seu riff de guitarra viciante consegue por muita gente a mexer, a banda de hardcore Heaven Shall Burn e os Eternal Tears of Sorrow com o seu Death Metal Sinfonico fizeram versões desta musica.

Não há muito a dizer sobre “Elegy”, Death Metal típico sempre a abrir é a única maneira de descrever esta musica, este trabalho fecha com as três musicas mais curtas deste registo, “Enter Chaos” e “The Sinner and the Sadness” aquecem o ambiente para o grande final que é “Song of Sirens”, num registo vocal mais para o gritado esta musica é um grande murro no estômago da parte dos EOS mesmo a dizer que (em 1994) eles eram uma das melhores bandas do género ao lado dos Death e dos Morbid Angel.

Para mim o “Purgatory Afterglow” é o melhor trabalho dos Edge Of Sanity mas outros trabalhos memoráveis deste projecto que fechou portas em 2003 incluem-se “Crimson”, registo de 1996 com uma só faixa de 40 min do melhor que se pode fazer de Death Metal Progressivo/Melódico e em que também participa com voz e guitarra Mikael Åkerfeldt e de 2003 temos “Crimson II” que tal como a primeira parte também tem só uma faixa e duração chega aos 43 min e este ultimo trabalho da banda foi dedicado ao falecido líder dos Death, Chuck Schuldiner.

Sem comentários:

Enviar um comentário