quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Amorphis + Leprous no Incrivel Almadense 22/11/2011

Devido aos concertos terem começado mais cedo que o normal, e embora tendo 3 bandas no cartaz já se poderia deduzir em antemão que tal coisa viesse a acontecer, não foi possível presenciar na totalidade o concerto dos Espanhois NahemaH, por isso não vai ser dada a opinião sobre a sua prestação.

Não se sabe se é devido á música dos Leprous ser muito técnica que ao vivo tanto podemos estar a ouvir algo bem trabalhado quando ouvimos aquele piano a funcionar bem com as guitarras ou então a técnica é demasiada e passado um bocado começa mais a parecer confusão, é mais ou menos assim que podemos caracterizar a prestação desta banda que já ca esteve no nosso pais, mais precisamente no Vagos Open Air deste ano com o Ihsahn ao ajudarem da interpretação dos temas da carreira a solo do ex. vocalista dos Emperor.

Como foi dito, a prestação dos Leprous teve muitos altos e baixos, um dos pontos negativos foi a da guitarra principal ter o volume muito baixo, os principais riffs das musicas mal se ouviram e isso estragou vários momentos do concerto desta banda que em estúdio mostra muita qualidade e ao vivo tem muita vontade de dar espetáculo mas precisam de rever melhor que musicas tocarem ao vivo. Musicas como “Waste of Air” e “Forced Entry”, quando ouvidas em álbum nota-se a clara complexidade que possuem, mas transportas para concerto parece que lhes falta algo e tem momentos de quase desastre.

Tirando os pontos mencionados a banda deu um concerto dentro do razoável, o vocalista Einar Solberg tem uma voz com um alcance que muito poucos conseguem. Tanto vai em poucos segundos do gutural ao melódico e com berros como se fosse a coisa mais fácil do mundo, os guitarristas fizeram o que podiam mesmo tendo os problemas que tiveram com o som e a bateria por diversos momentos parecia completamente ‘off’ do resto do ritmo.

Thorn
Restless
Passing
MB. Indifferentia
Waste of Air
Dare You
Forced Entry

Os Amorphis neste momento são a par com os Opeth e Orphaned Land as bandas que melhor conseguem cruzar o gutural com melodia, só que no caso dos Finlandeses a parte melódica é do mais melódico que pode haver, melodia é das maiores características das bandas dos países nórdicos. Com um início de carreira marcado por uma sonoridade só dentro do Death Metal, a banda ao longo dos anos e com a introdução do atual vocalista Tomi Joutsen, transformou a sua musica em arte pura, e foi arte o que se pode ver e ouvir no Incrivel Almadense numa noite/dia marcado pelo frio constante.

Uma rápida “Song of the Sage” e “My Enemy” retiradas do último album, o The Beginning Of Times, deram início a um concerto que desde cedo ficou marcado pelos headbangs constantes feitos a cada batida ou riff de guitarra. Com a “The Smoke” foi o regresso ao passado ate ao album Eclipse, álbum que marcou a estreia do vocalista Tomi Joutsen com os Amorphis.

Tomi Joutsen foi sempre figura de destaque. É um ‘frontman’ como poucos, a sua voz é poderosa com os seus tremendos guturais e voz melódica a acompanhar os sons sinfónicos das guitarras e pianos. O segurar do seu microfone personalizado teve vários momentos ao longo do concerto, ao cantar com voz melódica parecia que estava a agarrar um copo de vinho e quando estava a mostrar a sua voz gutural parecia ter uma marreta na mão prestes a destruir tudo o que visse á frente. A sua presença em palco com os seus ‘dreadlocks’ gigantes dão-lhe uma imagem única que pode ser vista e apreciada nos momentos em que ele começa a fazer ‘windmill’ (forma de headbang que se define por fazer movimentos circulares como o movimento de um moinho ou dos ponteiros de um relogio). E o colete cheio de tachas que usou mete respeito a um Rob Halford que popularizou aquele género de indumentária na música pesada.

“You I Need”, mais uma musica do ultimo trabalho da banda abriu portas para a musica preferida de Tomi Joutsen como o próprio disse antes de a banda a tocar, “Sampo” foi um dos melhores momentos sem noite. Antes de interpretarem “Crack in a Stone”, a ultima musica do ultimo álbum a ser tocada, a banda fez um regresso enorme ao passado, do primeiro álbum, The Karelian Isthmus de 1993 veio a intro “Karelia” e a monstruosa faixa final “Vulgar Necrolatry” que trouxe os primeiros mosh pit’s da noite, por curiosidade, “Vulgar Necrolatry” é uma cover da banda Abhorrence ao qual o guitarrista Tomi Koivusaari fez parte antes de formar os Amorphis. “Into Hiding” vem do marco do Death Metal Finlandes, o “Tales from the Thousand Lakes”.

“Sky Is Mine”, uma música que segundo Tomi soa a Iron Maiden, e com razão, juntamente com a “Black Winter Day” com a intro da “Magic and Mayhem” também dos “Tales from the Thousand Lakes”, tocada no inico, levou a banda para o merecido descanso. A intro da “Skyforger” mais a fantastica “Silver Bride” trouxe os Amorphis com vontade de fechar a noite em grande, neste momento toda a gente estava a cantar as letras das músicas que se ouviam. “My Kantele” e “House Of Sleep” fecharam mais um grande concerto de um mês recheado em concertos e que pôs muita gente a fazer contas á vida. Os Amorphis podem ca voltar que estes já sempre ter casa cheia porque concertos é algo que eles fazem com os olhos fechados se for preciso.

Song of the Sage
My Enemy
The Smoke
Against Widows
Alone
You I Need
Sampo
Karelia
Vulgar Necrolatry
Into Hiding
Crack in a Stone
Sky Is Mine
Magic and Mayhem (Intro) + Black Winter Day

Skyforger (Intro) + Silver Bride
My Kantele
House Of Sleep

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