quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Ihsahn - After

Aquando do seu lançamento o ano passado não lhe dei o seu devido destaque, mas apos ter visto o seu concerto na edição do Vagos Open Air deste ano, dedico-lhe aqui umas palavras.

Qualquer pessoa que ouça Metal já ouviu na falar nos Emperor, muitos os consideram a melhor banda de Black Metal de sempre, algo que pode estar sempre em conta quando ouvimos albuns como Anthems to the Welkin at Dusk e In the Nightside Eclipse, dois marcos absolutos da musica extrema e que colocam, não só os Emperor, mas também o próprio Ihsahn, como figuras destacáveis do mundo do Black Metal.

Desde que os Emperor se separaram em 2001, Ihsahn lançou-se a numa carreira a solo e desde então já lançou três albums, The Adversary em 2006, angL em 2008 e o ano passado lançou, o que é para mim o melhor álbum da sua carreira a solo, o magistral After, um álbum que deixou muitos puristas do Black Metal a olhar de lado quando se depararam com um registo bem mais limpo que os seus antecessores, mas o grande ponto de destaque é a introdução do saxofone que só veio abrilhantar ainda mais este registo.

Jørgen Munkeby foi o músico escolhido para empregar os seus conhecimentos de saxofone neste registo, o seu trabalho pode, e deve, ser ouvido nos Shining, não os Suecos que tocam Black Metal depressivo, falo sim da banda Norueguesa que mistura Metal Avant-garde com jazz, criando uma sonoridade interessante que também captou a atenção de muita gente o ano passando quando lançaram o bastante intricado Blackjazz.

Lars K. Nordberg e Asgeir Mickelson regressam novamente aos seus lugares de baixista e baterista, respectivamente. Além da introdução do saxofone, o trabalho de guitarra da parte de Ihsahn também está mais apurado e extensivo não fosse pela adição de uma guitarra de 8 cordas, algo que o Ihsahn usa pela primeira vez nos seus trabalhos a solo.

Qualquer pessoa que já tenha ouvido este álbum concordará comigo quando digo que uma pessoa fica desde cedo colada a este trabalho ao ouvir a primeira faixa, a “The Barren Lands”, é muito difícil ficar indiferente ao ouvir um assombroso trabalho de bateria e os riffs arrepiantes misturado com a voz de Ihsahn que aqui também usa voz limpa.

“A Grave Inversed” mais parece que Ihsahn deu a Jørgen Munkeby um momento para por neste registo um bocado do que faz nos Shining. “Undercurrent” e “On the Shores” como ultima musica, alem de serem as músicas com maior duração deste trabalho, são também as faixas que demostram melhor o grande trabalho de todos os músicos que participaram neste álbum. 9.2

The Barren Lands
A Grave Inversed
After
Frozen Lakes on Mars
Undercurrent
Austere
Heaven's Black Sea
On the Shores

Como já foi dito, Ihsahn esteve presente no Vagos Open Air deste ano ao lado de bandas como Opeth, Morbid Angel e Devin Townsend, quem quiser relembrar-se do que por la aconteceu pode seguir este link: Vagos Open Air 2011: A Viagem

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