Anneke Van Giersbergen é daquelas pessoas onde não encontramos algo de mal a dizer, ela tem uma carreira musical brilhante a todos os
níveis, já foi a vocalista dos The Gathering no qual lançou albums como Souvenirs
e o fabuloso álbum duplo How To Measure A Planet?. A nível de participações já
deu uma ajuda a diversas bandas e artistas dos mais variados estilos, Ayreon,
Napalm Death, Novembers Doom, Moonspell, Devin Townsend, Anathema e Within
Temptation são alguns desses nomes.
A juntar a isto tudo ainda podemos aliar a sua grande beleza
e voz única, é impossível ficar indiferente ao que esta mulher faz. Desde que
saiu dos The Gathering ela já lançou diversos albums tanto a solo como a sua
banda Agua de Annique e ate um album a meias com Danny Cavanagh, um dos
fundadores da banda Anathema.
Everything Is Changing é um misto de emoções e sonoridades,
rock, pop, folk e ate mesmo electrónica e tem como produtor o nosso Daniel Cardoso, que aqui também toca piano, guitarra e baixo. Este registo começa pelo single que foi
avançado no passado mês de Setembro, “Feel Alive” passando por “You Want To Be
Free”, uma musica com um riff de guitarra delicioso. A faixa título é uma das várias musicas a meio tempo aqui
presentes em que o que se destaca é precisamente a grande voz de Anneke.
As músicas “Take Me Home”, “I Wake Up” e “My Boy” fazem lembrar
os primeiros registos dos Muse, parece mesmo que Anneke pegou em algumas
musicas da banda Inglesa e meteu o seu cunho pessoal. Quando o piano começa na
faixa “Circles”, somos logo levados no tempo até á musica “Wonder” do álbum de 2009 In Your Room dos Agua de Annique, mais uma vez Anneke mostra como simples mas bela a música
pode ser.
“Hope, Pray, Dance, Play” e “Slow Me Down” roçam o Goth Metal,
até arrisco a dizer que parece algo saído dos dois últimos anos da principal
banda do estilo, falo dos Finlandeses Nightwish, aqui a voz da Anneke está num
registo muito próximo de Anette Olzon, vocalista que em 2007 ocupou o lugar que
dantes era da Tarja Turunen. Para o fim, “Too Late” e “1000 Miles Away From You”
mostram a versatilidade desta grande cantora que ainda não teve o reconhecimento
que devidamente merece. 9.1
estamos perante a melhor vocalista que existe, surgiu na banda pioneira do estilo ..the gathering...ainda me lembro de escutar o mandylion e ser transportado para outra dimensão com a sand and mercury.
ResponderEliminarmesmo na fase mais experimentalista da banda ela teve momentos gigantescos, como prova o Home, já a fugir ao metal.
custou me vê la sair dos the gathering...sendo que toda aquela melodia em torno das melhores malhas da banda já sem a voz não soou à mesma coisa.
passando agora para o projecto a solo, ainda na duvida de como seria, quando confrontado com o AIR sentei me, ouvi, repeti audições e sorri no fim...contudo mais alternativo, mais directo mais calmo, mas faltava qq coisa...digo por sempre ter preferido a fase inicial dos the gathering, mandylion ...nightime birds...o grande e eterno if then else...how to mesure a planet no processo de transição e estranho contudo brilhante souvenirs, depois disto foi estranho gerir o projecto a solo.
mas muda tudo com este album...sem duvida o melhor álbum nesta fase de carreira dela...não existe uma musica má, existem malhas que serão eternas, destaco a stay, a hope, pray , dance, play...1000 miles away from home e talvez a minha de eleição...too late ....todos estes exemplos construidos em torno de uma melodia soberba, alguns deles a roçarem o metal que no inicio era praticado, fase mais gotica...
pode o álbum ser dividido em duas partes ..sendo que a 1a mais electrónica, pop, e aquele rock mais alternativo dos dois 1os álbuns, na segunda parte como afirmei em cima é absolutamente soberba...o melhor que ouvi este ano...resta me sentar e carregar no repeat...
parebens pela rewiew.