Para muitos dos presentes, os Deafheaven eram uma banda
desconhecida, mas pelas conversas que se ouviu na fila de entrada notou-se que
havia pessoas que ate foram mais para ver esta banda que nos últimos tempos tem
vindo a destacar-se com o seu Post-Rock cruzado com Black Metal e Shoegaze,
quase que podemos dizer que são uns Alcest mais pesados.
Roads to Judah, o ano passado, surpreendeu o mundo com a sua
incrível potencia, este tipo de sonoridade por vezes chega a sofrer quando é
transportado para um palco, mas neste aspeto os Deafheaven conseguiram
surpreender, todos os instrumentos ouviram-se na perfeição, em relação á voz só
falta estar um nível ou dois acima no volume para que se ouvisse tudo em
conjunto na perfeição, mas mesmo pondo isso de parte os Deafheaven chegaram e
arrasaram.
“Violet”, “Language Games” e “Unrequited” do album Roads to
Judah fizeram as delicias dos fãs da banda, para o ‘grand finale’ só faltava
terem tocado a “Tunnel of Tree”, musica que completa o Roads to Judah, mas a
banda preferiu tocar “Exit: Denied”, musica retirada da primeira demo da banda
lançada em 2010, a escolha ate se compreende, a banda não quer andar sempre a
tocar o álbum todo na integra, mas deviam ter tocado esta musica no meio de uma
das outras, apos uns 30 minutos diabólicos, os 10 minutos finais da atuação dos
Deafheaven chegaram a ser aborrecidos, ‘nonetheless’, foi um grande concerto de
uma banda que ainda tem apenas 2 anos de actividade.
Violet
Language
Games
Unrequited
Exit: Denied
A um mês de fazer um ano desde que passaram por ca
juntamente com a banda japonesa Boris, eis que os Russian Circles regressam ao
nosso país como cabeças de cartaz. Quem os viu com os Boris certamente que
achou este concerto meio monótono, antes dizer o porquê devo dizer que os
elementos que compõe os Russian Circles continuam como sempre a manter uma
qualidade elevada, Mike Sullivan na guitarra debita qualquer riff possível e impossível,
Dave Turncrantz é um monstro por detrás de uma bateria tao pequena e o baixo do
Brian Cook dá um prazer enorme ouvir quando sabemos que o baixo hoje em dia
raramente se ouve seja qual for o estilo musical.
Agora em relação ao concerto ter sido ‘meio monótono’, dois
pontos, as pausas entre as músicas continuam a ser enormes, tal como no
concerto o ano passado foi notório que podiam incluir facilmente mais umas 2 músicas
dentro do tempo que tinham disponível, o outro ponto é que a setlist desde
concerto foi bastante semelhante ao concerto do ano passado, das 8 músicas de
ontem, 5 já tinham sido ouvidas o ano passado.
“Harper Lewis” e “309” são verdadeiras bombas ao vivo, mas
assim que levamos com “Geneva” em cima o nosso pescoço já começa a doer, ainda
nem tínhamos chegado a meio e o ambiente já estava fantástico. Com a “Youngblood”
já se via pessoas a fazer ‘air drums’ e “Mladek” provou ser uma das melhores
faixas do último trabalho. Mas foi com a já mítica “Death Rides A Horse” no
encore que toda a gente fez headbang.
Carpe
Harper
Lewis
309
Geneva
Batu
Youngblood
Mladek
Death Rides
A Horse
Fotos cedidas por Nuno Bernardo
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