segunda-feira, 14 de maio de 2012

Russian Circles + Deafheaven no Musicbox 13/05/2012



Para muitos dos presentes, os Deafheaven eram uma banda desconhecida, mas pelas conversas que se ouviu na fila de entrada notou-se que havia pessoas que ate foram mais para ver esta banda que nos últimos tempos tem vindo a destacar-se com o seu Post-Rock cruzado com Black Metal e Shoegaze, quase que podemos dizer que são uns Alcest mais pesados.


Roads to Judah, o ano passado, surpreendeu o mundo com a sua incrível potencia, este tipo de sonoridade por vezes chega a sofrer quando é transportado para um palco, mas neste aspeto os Deafheaven conseguiram surpreender, todos os instrumentos ouviram-se na perfeição, em relação á voz só falta estar um nível ou dois acima no volume para que se ouvisse tudo em conjunto na perfeição, mas mesmo pondo isso de parte os Deafheaven chegaram e arrasaram.


“Violet”, “Language Games” e “Unrequited” do album Roads to Judah fizeram as delicias dos fãs da banda, para o ‘grand finale’ só faltava terem tocado a “Tunnel of Tree”, musica que completa o Roads to Judah, mas a banda preferiu tocar “Exit: Denied”, musica retirada da primeira demo da banda lançada em 2010, a escolha ate se compreende, a banda não quer andar sempre a tocar o álbum todo na integra, mas deviam ter tocado esta musica no meio de uma das outras, apos uns 30 minutos diabólicos, os 10 minutos finais da atuação dos Deafheaven chegaram a ser aborrecidos, ‘nonetheless’, foi um grande concerto de uma banda que ainda tem apenas 2 anos de actividade.

Violet
Language Games
Unrequited
Exit: Denied

A um mês de fazer um ano desde que passaram por ca juntamente com a banda japonesa Boris, eis que os Russian Circles regressam ao nosso país como cabeças de cartaz. Quem os viu com os Boris certamente que achou este concerto meio monótono, antes dizer o porquê devo dizer que os elementos que compõe os Russian Circles continuam como sempre a manter uma qualidade elevada, Mike Sullivan na guitarra debita qualquer riff possível e impossível, Dave Turncrantz é um monstro por detrás de uma bateria tao pequena e o baixo do Brian Cook dá um prazer enorme ouvir quando sabemos que o baixo hoje em dia raramente se ouve seja qual for o estilo musical.


Agora em relação ao concerto ter sido ‘meio monótono’, dois pontos, as pausas entre as músicas continuam a ser enormes, tal como no concerto o ano passado foi notório que podiam incluir facilmente mais umas 2 músicas dentro do tempo que tinham disponível, o outro ponto é que a setlist desde concerto foi bastante semelhante ao concerto do ano passado, das 8 músicas de ontem, 5 já tinham sido ouvidas o ano passado.


“Harper Lewis” e “309” são verdadeiras bombas ao vivo, mas assim que levamos com “Geneva” em cima o nosso pescoço já começa a doer, ainda nem tínhamos chegado a meio e o ambiente já estava fantástico. Com a “Youngblood” já se via pessoas a fazer ‘air drums’ e “Mladek” provou ser uma das melhores faixas do último trabalho. Mas foi com a já mítica “Death Rides A Horse” no encore que toda a gente fez headbang.

Carpe
Harper Lewis
309
Geneva
Batu
Youngblood
Mladek
Death Rides A Horse

Fotos cedidas por Nuno Bernardo

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